Relato da reunião de maio/junho de 2005 entre 3 representantes das 3 nacionalidades de Moynas sulamericanos e nossos parentes irlandeses

segunda-feira, março 13, 2006

Reunião em Scotstown


Voltamos à casa do Tommy, para a já tradicional exibição pública da árvore genealógica. Todos discutiam sobre quem estava onde naquele imenso pergaminho. Em seguida fomos guiados ao pub para um whiskey enquando os outros presentes se entretinham com um jogo do Celtic.



Depois disso, fomos para o terreno atrás do pub fazer a foto com toda a família de Scotstown (menos Ruairi) junto com os visitantes (os sulamericanos, David e Hella). Mais para o fundo desse terreno ficava a espaçosa casa do Tommy Jr., onde nos reunimos novamente para... um chá!



Fomos então para o hotel um belo jantar familiar, com muito papo com Tommy Jr. e Ann Marie sobre filhos, nossos países e convites para futuras visitas. Com a barriga cheia, fomos descansar do primeiro (grande) dia da jornada.

sábado, março 04, 2006

A fazenda em Ballynode

A parada seguinte foi na fazenda da família, onde Tommy Sr. e seu filho John criam gado e galinhas. Chegamos à casa recém construída do John, no alto de uma colina. Arquitetura tradicional com todos os confortos da tecnologia. Esqueci de tirar uma boa foto, mas a pequena mansão aparece na foto ao lado, tirada pelo Juan Manuel.

Fomos recebidos pelos donos da casa, John e Tracy (que estava esperando bebê para dali a poucos dias), e por David e Hella, que já hávíamos encontrado em Dublin. David mostrou todos os aposentos, alguns ainda em obras, e deu os detalhes técnicos da construção. Tomamos chá e fomos conhecer a parte funcional da fazenda. Primeiro o gado confinado. Nunca vi vacas tão bonitas na vida. O gado irlandês tem uma dieta de 100% de grama natural e não adubada, por isso vale tanto. O mais incrível é que todo o manejo das reses é feito basicamente por um septuagenário (Tommy) e seu filho. O John, aliás trata seu gado como gente da família, conhece cada animal e suas manhas.


O galinheiro é mais hightech, totalmente informatizado e climatizado. Todo o manejo é feito automaticamente, ficando para o criador apenas uns pequenos ajustes que dependem da sensibilidade do fazendeiro. Todo o controle ambiental e de alimentação foi criado por outro filho do Tommy, Michael ("the boy"), o gênio da família. Com isso, a cada dois meses milhares de frangos chegam, são engordados e saem para a indústria local sem que se tenha que tocá-los. As fábricas recebem o aviso de que os frangos estão "no ponto" eletrônicamente.


Depois passeamos pelos pastos incrivelmente verdes e paramos ao lado de um "Circle of Trees", usado como abrigo noturno pelos povos celtas e preservado por lei. Outro detalhe do folclore local são os "fairy bushes", moitas lineares onde se acreditava que as fadas moravam e que são mantidas intocadas. Não é que os fazendeiros acreditem nisso, mas melhor deixar quieto, certo?

Cooldaragh e Scotstown

De Drumsnat partimos para Cooldaragh, local onde primeiro se estabeleceram os Moynas na região. O ponto exato não se tem certeza, mas os dois pontos possíveis estão a poucas dezenas de metros um do outro. O primeiro é o vestígio de uma casa de pedra no meio do mato e o outro é uma casa hoje habitada pelos pais da simpática ruivinha gorducha que nos recebeu ao portão. A casa é muito parecida com a de Tattinclave, mas por ser habitada tem um aspecto mais aconchegante.



De lá fomos para Scotstown, onde vive a família do Tommy, irmão gêmeo do Mackie. O Tommy vive até hoje na casa sobre o pub da família. Hoje, que os pubs irlandeses estão na moda no mundo inteiro, é muita "onda" ter um com seu próprio nome na porta, não?



Fomos recebidos à porta pelo pequeno e esquivo Ruairi, filho caçula do Tommy Jr, que cuida do pub hoje. Ruari conferiu os "estranhos" e saiu correndo para não mais ser encontrado o dia todo. Ele deve ter sido o único parente que nós conhecemos que não foi registrado em foto para a famosa e aguardada family tree da Nancy.

A semelhança entre Mackie e Tommy Sr. é impressionante, mesmo com os dois na casa dos 70. Nos apertados cômodos do térreo, dezenas de fotos de todos os irmãos, filhos, netos e casamentos. Eu e Juan Manuel ganhamos garrafas de poteen artesanal, bebida tradicional e pouco conhecida fora da Irlanda. Fortíssima!

sexta-feira, março 03, 2006

Drumsnat

Dando seqüência ao mergulho na história, seguimos para Drumsnat, onde visitaríamos o antigo cemitério local. Lá estão enterrados, por exemplo, o Reverendo Hugh Moyna e Francis Moyna, bisavô do Mackie e irmão de James Moyna, meu trisavô. Junto ao portão, à nossa espera, estava Eamonn Mulligan, uma espécie de historiador local. Ele soube que iríamos visitar o sítio histórico e veio contribuir com suas informações sobre o local.

Na pequena elevação onde está o cemitério, em frente ao lago, existia o Mosteiro fundado por S. Molua no século VI. Consta a lenda que no lago de Drumsnat mora um monstro como o do Lago Ness e que três padres o teriam visto na década de 60. Hmmm... O vinho da missa devia estar meio forte!

Mackie contou sobre o Reverendo Hugh, pároco local por 44 anos, em tempos de restrição ao culto católico pela coroa Britânica, sobre a saga de James Moyna e muito mais. O local fornecia um pano de fundo fantástico à viagem ao passado. Pena que a tia Nancy não tivesse a oportunidade de sentar e pintar uma aquarela...

Aghabog


De Tattinclave fomos para Aghabog, conhecer a Igreja de St. Mary, onde estão os túmulos de alguns antepassados, como Rose Moyna, bisavó do Mackie.



A bela e modesta igrejinha valia a visita pelos belos vitrais e pela simplicidade da construção, além do belo órgão americano.