A parada seguinte foi na fazenda da família, onde Tommy Sr. e seu filho John criam gado e galinhas. Chegamos à casa recém construída do John, no alto de uma colina. Arquitetura tradicional com todos os confortos da tecnologia. Esqueci de tirar uma boa foto, mas a pequena mansão aparece na foto ao lado, tirada pelo Juan Manuel.
Fomos recebidos pelos donos da casa,
John e
Tracy (que estava esperando bebê para dali a poucos dias), e por
David e
Hella, que já hávíamos encontrado em Dublin. David mostrou todos os aposentos, alguns ainda em obras, e deu os detalhes técnicos da construção. Tomamos chá e fomos conhecer a parte funcional da fazenda. Primeiro o gado confinado. Nunca vi vacas tão bonitas na vida. O gado irlandês tem uma dieta de 100% de grama natural e não adubada, por isso vale tanto. O mais incrível é que todo o manejo das reses é feito basicamente por um septuagenário (Tommy) e seu filho. O John, aliás trata seu gado como gente da família, conhece cada animal e suas manhas.
O galinheiro é mais
hightech, totalmente informatizado e climatizado. Todo o manejo é feito automaticamente, ficando para o criador apenas uns pequenos ajustes que dependem da sensibilidade do fazendeiro. Todo o controle ambiental e de alimentação foi criado por outro filho do Tommy,
Michael ("the boy"), o gênio da família. Com isso, a cada dois meses milhares de frangos chegam, são engordados e saem para a indústria local sem que se tenha que tocá-los. As fábricas recebem o aviso de que os frangos estão "no ponto" eletrônicamente.
Depois passeamos pelos pastos incrivelmente verdes e paramos ao lado de um "Circle of Trees", usado como abrigo noturno pelos povos celtas e preservado por lei. Outro detalhe do folclore local são os "fairy bushes", moitas lineares onde se acreditava que as fadas moravam e que são mantidas intocadas. Não é que os fazendeiros acreditem nisso, mas melhor deixar quieto, certo?